quarta-feira, 22 de julho de 2009

Ataque das formigas!

Hoje fomos ao postinho de saúde dar a vacina de 5 anos para meu filho Daniel.
O Dandan sempre foi um meninão grandão. Nasceu com 4.150 gramas e sempre comeu muito bem.
Algo interessante nele é que ele nunca teve medo de tomar injeções e acordou feliz porque ia tomar uma hoje.
Chegamos todos felizes no posto e fomos atendidos por uma enfermeira muito boazinha e simpática.
O Daniel estava empolgado. Sabia que ia tomar umas gotinhas e uma injeção. Porém... a enfermeira, com toda sua experiência, decidiu acalmar meu filho (que até então estava bem tranquilinho). Disse que a injeção era como a picada de uma formiguinha. Ia doer bem pouquinho.
Os olhos do Dandan se abriram e o sorriso sumiu completamente de seu rosto. Dava para ver o pavor em seu olhar!
Ele tomou a injeção e como sempre, não chorou. Contudo, sentiu uma dor profunda. Sabíamos que não era só por causa da vacina, mas também por causa da lembrança das formigas.

Há pouco mais de um mês fomos a uma festinha de aniversário em um buffet infantil que fica dentro de um chácara. Na hora do jantar, por causa da falta de mesas, muitas crianças foram comer numa muretinha.
Meu filho e seu super amigo Estevão estavam sentados, comendo e se divertindo quando o Daniel começou a gritar desesperadamente.
Quando olhei para as costas do meu filho vi centenas de formigas. Apesar do frio que estava fazendo naquele início de noite, eu e meu marido pegamos nosso filho no colo e começamos a tirar suas roupas. Ele levou mais de cem picadas, mas graças a Deus não alérgico a picadas e depois de alguns dias só ficaram as centenas de marquinhas em suas costas.
Nós também levamos muitas picadas e posso dizer que foi horrível!
Agora o que mais me incomodou foi a falta de atenção que recebemos do Buffet. Ninguém do Buffet veio nos ajudar naquela situação e para piorar, não tinham nenhum medicamento (alcool, pomadas, algodão, anti alérgico...). Ficamos eu, meu marido e a mãe da aniversariante (médica) acudindo meu filho. Só de lembrar daquela cena me corta o coração. Ele gritava e chorava tanto!
Quando chegamos em casa, agradecemos a Deus porque nosso filho não é alérgico a picadas. Estávamos fora da cidade e o Buffet não tinha estrutura nenhuma para nos ajudar. Se ele fosse alergico e tivesse um choque anafilático, não sei se daria tempo para chegarmos num pronto socorro.

Fico pensando na estrutura dos Buffets de hoje. No caso deste Buffet, se eles não tinham nem mesmo um kit de medicamentos, como esperar um tratamento diferenciado para pessoas "especiais"?
Atualmente, fala-se muito em inclusão social e na minha opinião, os Buffets deveriam se estruturar para trabalhar com pessoas "diferenciadas" como, por exemplo, crianças portadoras de deficiência e de alergia alimentar.
Quantas crianças alérgicas deixam de ir as festinhas porque não podem comer os bolos, docinhos e salgados contendo leite, ovos ou outros ingredientes? Quantas crianças alérgicas vão as festinhas e acabam parando no hospital porque comeram algo que lhe fez mal?

Vamos pensar mais nesta questão de inclusão social! Vale a pena refletir sobre isso!

Abraços

Sandra Matunoshita

terça-feira, 7 de julho de 2009

Uma festa diferente!

Ontem foi a festinha de 5 anos do meu filho Daniel.
Foram aproximadamente 150 pessoas, dentre adultos e crianças.
Decidimos fugir das festas tradicionais e realizamos algo bem diferente. Oferecemos uma feijoada para todos, depois fizemos algumas gincanas com os pais e as crianças, meu irmão pediatra se transformou no palhaço Biri Biri e tivemos a apresentação de uma peça teatral que falava dos Super Heróis. Foi uma loucura, mas valeu a pena!
Eu estava super cansada porque passei os dias anteriores preparando todos os docinhos, o falso bolo de pasta americana e o bolo verdadeiro de chocolate de soja.
Como alguns convidados eram alérgicos, fiz tudo sem lactose e ovo. Fiz brigadeirinhos com gotas de chocolate Ouro Moreno, beijinhos, trufas com gotas de chocolate Ouro Moreno e bombons tanto de soja diet como Sem soja. O bolo foi feito com uma receita ultra secreta da SOS Alergia (risos) sem usar nada contendo leite de vaca e ovos. Também levei alguns bolos e doces especiais para algumas crianças alérgicas a leite, ovos, soja e cacau.
Fiquei impressionada com o sucesso da festa e especialmente, com o sucesso das guloseimas. Não sobrou nada, nem raspinha de bolo... risos.
E o mais interessante foi observar que a maioria das pessoas não eram alérgicas. Muitas nem perceberam a diferença de sabor e tantas outras não acreditavam que os produtos eram diferenciados.
Hoje é possível fazer uma festa "normal" ou até mais especial para uma criança alérgica. As pessoas precisam experimentar e saber como vive um alérgico para que possam respeitá-lo. Um brigadeirinho de leite de vaca pode não parecer nada para a maioria das pessoas, porém para a criança alérgica pode representar crises diversas dependendo das reação de cada um, uso de diversos medicamentos e até mesmo internação hospitalar.

Um grande abraço a todos,
Sandra Matunoshita - SOS Alergia