No começo achei que ela só estava querendo chamar nossa atenção, mas percebi em seu choro que ela estava de fato sentindo muita dor.
Quando olhei pra ela, tinha uma abelha picando seu pescoço. Tirei rapidamente a abelha e a danada tinha picado três vezes minha filhinha!
Eu entrei em pânico com medo dela ter alguma reação alérgica, mas, graças a Deus, ela não teve nenhuma complicação.
Porém, isso me lembrou de uma cliente que atendi tempos atrás.
Conversei com uma piscóloga muito simpática e bonita que me contou uma história assustadora.
Num determinado dia, quando ela estava indo de carro a uma cidade vizinha para fazer atendimentos, entrou uma abelha pela janela do carro e a picou. Ela percebeu que não estava bem e se dirigiu ao hospital. Quando chegou no hospital, o médico literalmente abandonou o outro paciente para atendê-la, pois ela estava visivelmente mal. Quando ele foi socorrê-la percebeu que ela estava tendo uma parada cardíaca. Tudo por causa de uma picada de abelha!
Recebo diariamente muitas pessoas com alergia respiratória e alimentar, mas raramente aparecem pessoas com alergia a picada de insetos, ainda mais num grau tão elevado.
Ela me solicitou informações sobre uma injeção de adrenalina chamada "Epipen", mas ainda não consegui fazer pesquisas a respeito. Sei que é importada e só é vendida com receita médica, mas há muito tempo não ouço falar nela.
Caso alguém tenha informações que possam compartilhar com os alérgicos a picadas, ficarei muito agradecida.
Para que saibam, algumas das manifestações mais comuns da alergia a picada de insetos são:
- Reação anafilática;
- Urticária e angioedema;
- Tonteira;
- Queda de pressão;
- Falta de ar e chieira no peito;
- Rouquidão e sensação de aperto na garganta;
- Perda da consciência;
- Manifestações cutâneas.
Algumas medidas preventivas citas pelo Dr. Lian Pontes de Carvalho, membro da ASBAI-RJ, são:
- Usar tela nas portas e janelas.
- Evitar locais onde é mais frequente a presença de insetos “picadores” como campos, árvores, jardins, porões, beiras de telhados, proximidades de lixeiras etc.
- Não andar descalço fora de casa.
- Não usar perfumes, desodorantes, loções, talcos ou óleos perfumados.
- Não usar roupas de cores vivas e brilhantes. As cores branca, verde e azul atraem menos insetos.
- Usar camisas, calças compridas e repelentes tópicos quando no campo ou em outro local com risco de picada.
- Mandar, periodicamente, alguém procurar, e destruir focos ou colméias próximas da casa ou local de trabalho.
- Não deixar restos de comida ou lixo descoberto (atrai formigas e vespas).
Dr. Carvalho cita também algumas medidas gerais que devem ser adotadas, principalmente por aqueles que possuem reações mais severas:
- Carregar sempre um estojo com medicamentos de urgência, para casos de picadas. Este Kit deve conter, principalmente, adrenalina (ou epinefrina) injetável (solução a 1:1.000), seringas descartáveis de 1ml tipo tuberculina, com agulha 13/3,8 e algodão com álcool para assepsia.
- A adrenalina (ou epinefrina) pode ser encontrada sob a forma de uma seringa auto aplicável.
- Como e quando utilizar a adrenalina deve ser orientado previamente pelo médico.
Logo, caso seja alérgico, tome o máximo de cuidado, principalmente quando for realizar passeios no campo e na praia.
Abraços a todos,
Sandra Matunoshita
www.sosalergia.com.br